sexta-feira, 25 de março de 2011

Ensaio sobre a porta

Perdidas as ilusões
e a inocência do turista
aprendiz, releu o encontro

marcado e mais

uma vez
o amor – cego – abriu
a porta e disse
venha


quinta-feira, 17 de março de 2011

Sacra que não sacia

Li no seu rosto os crimes
requintados e a boca
cujos beijos criavam
peixes em círculos e setas
sinalizando o centro
indagado no primeiro olhar

De mãos dadas com Eros
e Prometeu, ouvimos Deus
e Seus adornos com drama
barroco numa igreja mineira

Houve rebuliço na sacristia
A gosma virou letra – madeira do poema,
fogo futuro – sacra que não sacia

nem a pau