quinta-feira, 17 de março de 2011

Sacra que não sacia

Li no seu rosto os crimes
requintados e a boca
cujos beijos criavam
peixes em círculos e setas
sinalizando o centro
indagado no primeiro olhar

De mãos dadas com Eros
e Prometeu, ouvimos Deus
e Seus adornos com drama
barroco numa igreja mineira

Houve rebuliço na sacristia
A gosma virou letra – madeira do poema,
fogo futuro – sacra que não sacia

nem a pau